2 bimestre
CCONTEÚDOS
· ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Grécia
· Roma
- A vida na Grécia e Roma antiga (aspectos sociais, políticos e culturais)
· Invasões bárbaras e crise do Império Romano
· IDADE MÉDIA: Alta e baixa Idade Média
· Os povos Árabes e o Islamismo
· Império Carolíngio
· Império Bizantino
Crise do sistema feudal
- Cruzadas
· Cultura Medieval (Igreja)
· ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Grécia
· Roma
- A vida na Grécia e Roma antiga (aspectos sociais, políticos e culturais)
· Invasões bárbaras e crise do Império Romano
· IDADE MÉDIA: Alta e baixa Idade Média
· Os povos Árabes e o Islamismo
· Império Carolíngio
· Império Bizantino
Crise do sistema feudal
- Cruzadas
· Cultura Medieval (Igreja)
veja os slides abaixo:
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GRÉCIA - Esquema/resumo
- Povoamento da Grécia:
2000 AC: pastores e agricultores ocuparam a península
Terreno Montanhoso
- dificultou o contato entre as cidades
- formação de cidades-estados (pólis)
- muitas ilhas: favoreceu o comércio marítimo e portos
Atenas: o berço da democracia
- democracia: governo do povo
- as assembléias
- cidadãos: homens, nascidos na cidade, adultos e livres
- Escravidão: dívidas e guerras
- Atenas: desenvolvimento artístico, filosófico e cultural
Esparta: a cidade guerreira
- formação de soldados para a guerra
- educação militar
- soldados: falar pouco
- mulher: deveria ser uma “boa reprodutora”
Religião Grega
- Politeísta : Zeus (deus dos deuses) / Poseidon (deus dos mares) / Hades (deus dos mortos) / Ares (deus da guerra) Afrodite ( deusa do amor)
- deuses: aparência e comportamento de humanos
Mitologia Grega
- explicações e transmissão de mensagens
Arte Grega :
- imitação da realidade (esculturas e teatro grego )
A origem das Olimpíadas na Grécia
- homenagem a Zeus
- esportes ao ar livre
Helenismo; Caracteriza-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava
2000 AC: pastores e agricultores ocuparam a península
Terreno Montanhoso
- dificultou o contato entre as cidades
- formação de cidades-estados (pólis)
- muitas ilhas: favoreceu o comércio marítimo e portos
Atenas: o berço da democracia
- democracia: governo do povo
- as assembléias
- cidadãos: homens, nascidos na cidade, adultos e livres
- Escravidão: dívidas e guerras
- Atenas: desenvolvimento artístico, filosófico e cultural
Esparta: a cidade guerreira
- formação de soldados para a guerra
- educação militar
- soldados: falar pouco
- mulher: deveria ser uma “boa reprodutora”
Religião Grega
- Politeísta : Zeus (deus dos deuses) / Poseidon (deus dos mares) / Hades (deus dos mortos) / Ares (deus da guerra) Afrodite ( deusa do amor)
- deuses: aparência e comportamento de humanos
Mitologia Grega
- explicações e transmissão de mensagens
Arte Grega :
- imitação da realidade (esculturas e teatro grego )
A origem das Olimpíadas na Grécia
- homenagem a Zeus
- esportes ao ar livre
Helenismo; Caracteriza-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava
Slides:
https://pt.slideshare.net/danielbronstrup/1-ano-imprio-romano-completo
https://pt.slideshare.net/vmsantos/imprio-romano-15876722
https://pt.slideshare.net/matildefgarcia/imperador-constantino?next_slideshow=1
O grande Império Romano - RESUMO
Roma : povoada por pastores nômades há aproximadamente 1000 AC
Lenda da Fundação de Roma- A lenda de Rômulo e Remo
Sociedade Romana formada por:
- Patrícios
- Plebeus
- Escravos
A Expansão romana e as conquistas
- poder do exército romano: força, organização e disciplina
- saques , respeito a cultura dos dominados e cobrança de impostos.
Cultura Romana
-influência grega: vestuário, alimentação e cultura
-Religião politeísta (mesmos deuses dos gregos)
Gregos Romanos
Poseidon Netuno
Afrodite Vênus
Deméter Ceres
Hades Vulcano
O Império Romano
- Imperador: poder total: título de Augusto = “Preferido dos deuses”
- Otávio Augusto: período de grandes conquistas
- “ Pão e circo” : diversão e comida para evitar conflitos
Perseguição ao Cristianismo
-Jesus Cristo: monoteísmo, paz, amor, respeito, contra a escravidão
- perseguição dos romanos
- culto escondido nas catacumbas
- Jesus: prisão e morte na cruz
- crescimento da religião cristã
- Em 391 dC : religião oficial do Império Romano
Fim do Império : Invasão dos Bárbaros (476 dC)
- Enfraquecimento do Império: rebeliões, falta de dinheiro
- Destruição de cidades romanas e invasões bárbaras
Lenda da Fundação de Roma- A lenda de Rômulo e Remo
Sociedade Romana formada por:
- Patrícios
- Plebeus
- Escravos
A Expansão romana e as conquistas
- poder do exército romano: força, organização e disciplina
- saques , respeito a cultura dos dominados e cobrança de impostos.
Cultura Romana
-influência grega: vestuário, alimentação e cultura
-Religião politeísta (mesmos deuses dos gregos)
Gregos Romanos
Poseidon Netuno
Afrodite Vênus
Deméter Ceres
Hades Vulcano
O Império Romano
- Imperador: poder total: título de Augusto = “Preferido dos deuses”
- Otávio Augusto: período de grandes conquistas
- “ Pão e circo” : diversão e comida para evitar conflitos
Perseguição ao Cristianismo
-Jesus Cristo: monoteísmo, paz, amor, respeito, contra a escravidão
- perseguição dos romanos
- culto escondido nas catacumbas
- Jesus: prisão e morte na cruz
- crescimento da religião cristã
- Em 391 dC : religião oficial do Império Romano
Fim do Império : Invasão dos Bárbaros (476 dC)
- Enfraquecimento do Império: rebeliões, falta de dinheiro
- Destruição de cidades romanas e invasões bárbaras
INVASÕES BÁRBARAS
Por” Invasões bárbaras” designamos geralmente as enormes migrações de povos ou tribos que, vindas do Norte e Leste da Europa conseguiram introduzir-se no Império Romano.
O termo “bárbaro” foi inventado pelos gregos, que consideravam assim todo aquele que não fosse nascido na Grécia e não falasse a sua língua, portanto, estrangeiro, fossem eles persas, romanos, ou quaisquer outros…
Quando os romanos conquistaram e submeteram o povo grego, absorvendo a sua cultura, esse conceito passou a designar e com sentido pejorativo, todos aqueles que viviam para além das fronteiras do seu Império.
Por isso, todas as tribos que tentavam transpor as fronteiras europeias do seu civilizado mundo romano, eram vistas como selvagens e incultas, recebendo aquela designação. Para as diferenciar de outros bárbaros que Roma já conhecia, como por exemplo, os Celtas, e como não tinham a mesma origem destes, apresentando usos e costumes muito diferentes, apelidaram-nos a todos de Germânicos.
Vindos do mais profundo dos bosques do norte, encobertos por uma bruma ancestral, tendo como origem remota as inóspitas regiões da Escandinávia, que os romanos pensavam ser uma ilha - Scania - estes homens de estatura elevada, cabelos claros e olhos azuis, a um tempo guerreiros magníficos e camponeses pacíficos, lutando com a espada numa mão e o arado na outra, e pensando apenas na sua sobrevivência depois de séculos de guerra e migrações sucessivas, acabam por se estabelecer por volta de 370 no delta do rio Danúbio. Eram ainda uma série de pequenas tribos, que se guerreavam entre si e que não imaginavam que, um dia, viriam a converter-se num único povo.
Divididos mais tarde em Germânicos Ocidentais, Orientais e Setentrionais, acabam por formar dois grupos independentes: os Visigodos ou Godos do Ocidente e Ostrogodos, ou Godos do Oriente. Os Ostrogodos, fundaram um extenso reino no que é hoje parte da actual Rússia e os Visigodos estabelecem-se nas margens do Danúbio, onde também se encontravam os baltingos, chefiados pelo rei ou chefe Baltha.
Entretanto, os Hunos, que se tinham estabelecido ao longo da Grande Muralha da China, escorraçados do seu território, e compostos por hordas selvagens que semeavam o terror por onde passavam, fazem a sua aparição nas margens do Mar Negro, levando de vencida os Ostrogodos, que, embora lutassem desesperadamente, não conseguiram resistir-lhes, sendo os sobreviventes obrigados a seguir para Ocidente. Por sua vez, os Visigodos, incapazes de conter a avalanche que lhes caiu em cima, pediram ao imperador Valente, asilo, o que lhes foi concedido, e em 376, atravessam o Danúbio, instalando-se em território romano.
Esta inédita permissão imperial, foi de extrema importância para os acontecimentos que daí resultaram. Era a primeira vez que povos bárbaros tinham permissão para se instalarem dentro das fronteiras do império, como nação autónoma, mantendo as suas próprias leis e os seus príncipes, embora sujeitos a tributo.
http://obaudahistoria.blogspot.com/2011/02/os-barbaros-i.html
O termo “bárbaro” foi inventado pelos gregos, que consideravam assim todo aquele que não fosse nascido na Grécia e não falasse a sua língua, portanto, estrangeiro, fossem eles persas, romanos, ou quaisquer outros…
Quando os romanos conquistaram e submeteram o povo grego, absorvendo a sua cultura, esse conceito passou a designar e com sentido pejorativo, todos aqueles que viviam para além das fronteiras do seu Império.
Por isso, todas as tribos que tentavam transpor as fronteiras europeias do seu civilizado mundo romano, eram vistas como selvagens e incultas, recebendo aquela designação. Para as diferenciar de outros bárbaros que Roma já conhecia, como por exemplo, os Celtas, e como não tinham a mesma origem destes, apresentando usos e costumes muito diferentes, apelidaram-nos a todos de Germânicos.
Vindos do mais profundo dos bosques do norte, encobertos por uma bruma ancestral, tendo como origem remota as inóspitas regiões da Escandinávia, que os romanos pensavam ser uma ilha - Scania - estes homens de estatura elevada, cabelos claros e olhos azuis, a um tempo guerreiros magníficos e camponeses pacíficos, lutando com a espada numa mão e o arado na outra, e pensando apenas na sua sobrevivência depois de séculos de guerra e migrações sucessivas, acabam por se estabelecer por volta de 370 no delta do rio Danúbio. Eram ainda uma série de pequenas tribos, que se guerreavam entre si e que não imaginavam que, um dia, viriam a converter-se num único povo.
Divididos mais tarde em Germânicos Ocidentais, Orientais e Setentrionais, acabam por formar dois grupos independentes: os Visigodos ou Godos do Ocidente e Ostrogodos, ou Godos do Oriente. Os Ostrogodos, fundaram um extenso reino no que é hoje parte da actual Rússia e os Visigodos estabelecem-se nas margens do Danúbio, onde também se encontravam os baltingos, chefiados pelo rei ou chefe Baltha.
Entretanto, os Hunos, que se tinham estabelecido ao longo da Grande Muralha da China, escorraçados do seu território, e compostos por hordas selvagens que semeavam o terror por onde passavam, fazem a sua aparição nas margens do Mar Negro, levando de vencida os Ostrogodos, que, embora lutassem desesperadamente, não conseguiram resistir-lhes, sendo os sobreviventes obrigados a seguir para Ocidente. Por sua vez, os Visigodos, incapazes de conter a avalanche que lhes caiu em cima, pediram ao imperador Valente, asilo, o que lhes foi concedido, e em 376, atravessam o Danúbio, instalando-se em território romano.
Esta inédita permissão imperial, foi de extrema importância para os acontecimentos que daí resultaram. Era a primeira vez que povos bárbaros tinham permissão para se instalarem dentro das fronteiras do império, como nação autónoma, mantendo as suas próprias leis e os seus príncipes, embora sujeitos a tributo.
http://obaudahistoria.blogspot.com/2011/02/os-barbaros-i.html
A Alta Idade Média
A Idade Média é o período histórico compreendido entre os anos de 476 ( queda de Roma ) ao ano de 1453 ( a queda de Constantinopla). Este período apresenta uma divisão, a saber:
-ALTA IDADE MÉDIA ( do século V ao século IX ) - fase marcada pelo processo de formação do feudalismo.
-BAIXA IDADE MÉDIA ( do século XII ao século XIV ) -fase caracterizada pela crise do feudalismo.
Entre os séculos IX e XII observa-se a cristalização do Sistema Feudal. Vamos dividir o estudo do período medieval em duas partes, sendo que no momento iremos analisar apenas:
ALTA IDADE MÉDIA
Período do século V ao século IX é caracterizado pela formação do Sistema Feudal. Neste período observa-se os seguintes processos históricos: a formação dos Reinos Bárbaros, com destaque para o Reino Franco; o Império Bizantino -parte oriental do Império Romano - e a expansão do Mundo Árabe. Grosso modo, a Alta Idade Média representa o processo de ruralização da economia e sociedade da Europa.
-ALTA IDADE MÉDIA ( do século V ao século IX ) - fase marcada pelo processo de formação do feudalismo.
-BAIXA IDADE MÉDIA ( do século XII ao século XIV ) -fase caracterizada pela crise do feudalismo.
Entre os séculos IX e XII observa-se a cristalização do Sistema Feudal. Vamos dividir o estudo do período medieval em duas partes, sendo que no momento iremos analisar apenas:
ALTA IDADE MÉDIA
Período do século V ao século IX é caracterizado pela formação do Sistema Feudal. Neste período observa-se os seguintes processos históricos: a formação dos Reinos Bárbaros, com destaque para o Reino Franco; o Império Bizantino -parte oriental do Império Romano - e a expansão do Mundo Árabe. Grosso modo, a Alta Idade Média representa o processo de ruralização da economia e sociedade da Europa.
SOCIEDADE FEUDAL
Sociedade
A sociedade medieval era dividida em estamentos. Os três principais grupos eram nobreza, clero e servos.A sociedade medieval apresentava ausência de ascensão social e quase inexistia mobilidade social. Como o clero e a nobreza comandavam a sociedade, era comum o clero criar justificativas religiosas para que os servos não contestassem a sociedade.
Era uma sociedade estamental.
A sociedade medieval era dividida em estamentos. Os três principais grupos eram nobreza, clero e servos.A sociedade medieval apresentava ausência de ascensão social e quase inexistia mobilidade social. Como o clero e a nobreza comandavam a sociedade, era comum o clero criar justificativas religiosas para que os servos não contestassem a sociedade.
Era uma sociedade estamental.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO FEUDO
Modo de Produção:
Campos abertos: terras de uso comum. Nelas os servos podiam recolher madeira e soltar os animais. Nesses campos, que compreendiam bosques e pastos, havia uma posse coletiva da terra.
Reserva senhorial: terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal. Tudo o que fosse produzido na reserva senhorial era de sua propriedade privada.
Manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos, das quais eles retiravam seu próprio sustento e recursos para cumprir as obrigações feudais.
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Campos abertos: terras de uso comum. Nelas os servos podiam recolher madeira e soltar os animais. Nesses campos, que compreendiam bosques e pastos, havia uma posse coletiva da terra.
Reserva senhorial: terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal. Tudo o que fosse produzido na reserva senhorial era de sua propriedade privada.
Manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos, das quais eles retiravam seu próprio sustento e recursos para cumprir as obrigações feudais.
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SOCIEDADE FEUDAL: Relação de Trabalho:
Era para legitimar as obrigações servis.
a. Corvéia: trabalhos gratuitos e obrigatórios realizados pelos servos durante alguns dias na semana nas terras do manso senhoril;
b. Talha: taxa paga pelo servo ao senhor feudal que consistia em metade da produção obtida no manso servil;
c. Banalidade: taxa paga pelo servo pelo uso de determinadas localidades do feudo;
d. Capitação: taxa que o servo pagava ao senhor feudal por cada membro de sua família dentro do feudo;
e. Dízimo: taxa paga à Igreja Católica pelo fato do servo respeitar a Igreja e ainda “comprar um terreno no céu”;
f. Taxa de casamento: era paga pelo servo ao senhor feudal, quando aquele fosse se casar com uma mulher pertencente a outro feudo;
g. Taxa de nascimento: taxa paga pelo servo, quando o seu filho nasce;
h. Taxa de justiça: é a taxa que o servo pagava ao senhor feudal para que se fizesse justiça dentro do feudo;
i. Taxa da mão-morta: taxa que o servo pagava ao senhor feudal para ocupar heranças.
Haviam outras taxas que variavam de região para região. Assim, o servo vivia uma grande exploração que permitia o sustento do restante da população.
As Cruzadas
O período compreendido entre os séculos XI e XIII foi caracterizado por importantes mudanças, fruto da crise do sistema feudal, promovendo um processo de grande marginalização, impossível de ser absorvido pelas cidades então existentes ou que formavam-se.
As cruzadas são vistas como uma "válvula de escape" para a crise provocada pela marginalização sócio econômica. Milhares de europeus marcharam em direção à "Terra Santa" obedecendo ao chamado da Igreja Católica, mas ao mesmo tempo, movidos pelo interesse na possibilidade de saque ou de conquista de terras.
Alguns reis participaram do movimento, pretendendo o aumento de poder, numa época de crise feudal, como por exemplo na 3° cruzada, também conhecida como cruzada dos reis.
O nome de Cruzadas é dado a um conjunto de oito expedições militares de cristãos do Ocidente que se dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo Sepulcro das mãos dos muçulmanos.
À medida que as Cruzadas foram expedições militares, elas não teriam sido possíveis se não existisse, na Europa Ocidental e Central, um contingente de mão-de-obra militar disponível em função da crise feudal. Em síntese, as Cruzadas só foram possíveis em conseqüência da crise feudal e ao mesmo tempo elas representam uma forma de preservar as estruturas feudais, à medida que representaram o afastamento, da Europa, de toda uma massa humana marginal.
As cruzadas são vistas como uma "válvula de escape" para a crise provocada pela marginalização sócio econômica. Milhares de europeus marcharam em direção à "Terra Santa" obedecendo ao chamado da Igreja Católica, mas ao mesmo tempo, movidos pelo interesse na possibilidade de saque ou de conquista de terras.
Alguns reis participaram do movimento, pretendendo o aumento de poder, numa época de crise feudal, como por exemplo na 3° cruzada, também conhecida como cruzada dos reis.
O nome de Cruzadas é dado a um conjunto de oito expedições militares de cristãos do Ocidente que se dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo Sepulcro das mãos dos muçulmanos.
À medida que as Cruzadas foram expedições militares, elas não teriam sido possíveis se não existisse, na Europa Ocidental e Central, um contingente de mão-de-obra militar disponível em função da crise feudal. Em síntese, as Cruzadas só foram possíveis em conseqüência da crise feudal e ao mesmo tempo elas representam uma forma de preservar as estruturas feudais, à medida que representaram o afastamento, da Europa, de toda uma massa humana marginal.
As Cruzadas – Cronologia
- 1096 – Tem início a Primeira Cruzada.
- 1099 – Os cruzados conquistam Jerusalém.
- 1147 – Começa a Segunda Cruzada.
- 1187 – Os muçulmanos reconquistam Jerusalém.
- 1189 – Começa a Terceira Cruzada.
- 1204 – Conquista de Constantinopla pela Quarta Cruzada, iniciada em 1202.
- 1212 – Cruzada das Crianças.
- 1217 – Começa a Quinta Cruzada.
- 1228 – Sexta Cruzada.
- 1229 – O imperador do Sacro Império, Frederico II, toma posse de Jerusalém.
- 1244 – Os muçulmanos reconquistam Jerusalém.
- 1248 – Sétima Cruzada, sob o comando do rei da França Luís IX.
- 1270 – Oitava Cruzada.